Autor: Rachel Hartman
Editora: Jangada
ISBN: 9788564850286
Ano: 2013
Páginas: 384
Tradutor: Denise de C. Rocha Delela
Leia o 1º Capítulo: clique aqui
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Sinopse:
Neste livro você vai conhecer Seraphina Dombergh, uma garota
de 16 anos com grande talento para a música e que possui um terrível segredo. A
história se passa no reino medieval de Goredd, onde seres humanos e dragões
convivem em harmonia durante décadas, desde a assinatura do Tratado de Paz.
Criaturas extremamente inteligentes que podem assumir a forma humana, os
dragões frequentam a corte como embaixadores. Seraphina se torna assistente do
compositor da corte justo quando um membro da família real é assassinado bem ao
estilo dos dragões. O clima começa a ficar perigosamente tenso e Seraphina
passa a colaborar com as investigações, ao lado do capitão da Guarda da Rainha,
o Príncipe Lucian Kiggs. Durante essa jornada que pode destruir a paz entre
humanos e dragões, a fachada cuidadosamente construída por Seraphina começa a
desmoronar, tornando cada vez mais difícil manter seu segredo, cuja revelação
seria catastrófica em sua vida.
Resenha:
"A garota com o coração de Dragão."
Seraphina é uma jovem de 16 anos, órfã de mãe, e mora com o
pai e a madrasta, e passa maior parte de seu tempo com o seu tio materno tendo
aulas de musica. Essa é a vida que todos imaginam que ela leve, mas na verdade,
tudo não passa de uma grande mentira. Por trás dessa aparente normalidade
existe um segredo que precisa ser guardado a sete chaves, que pode comprometer
tanto a vida de Seraphina, como a de seu pai e tio.
assim esta certo!
Estamos em uma época em que dragões e humanos vivem
razoavelmente bem entre si. Há muito tempo um tratado foi assinado, para manter
a paz entre as duas espécies, mas os humanos vivem em eterna vigilância, assim
como os dragões, que apesar de poderem assumir a forma humana quando desejam evitam
o contato.
Assim como os humanos, os dragões têm leis e regras, e mesmo
assumindo a forma humana não é permitido o envolvimento emocional entre as duas raças, até porque, os dragões são
seres incapazes de sentirem qualquer tipo de emoção, são considerados sem alma.
Mas também como nas leis humanas, sempre existe alguém que vá descumpri-las, e
assim nasceu Seraphina, uma mestiça, filha de mãe dragão e pai humano, indo
contra todas as regras, leis e contra a própria espécie dragontina. Como prova
do "crime" cometido pelos seus pais, e uma herança de sua mãe, ela
possui escamas nos braços e na cintura.
"(...)Não se pode voar em duas direções ao mesmo tempo. Não
posso pousar entre aqueles que pensam que sou defeituosa. (...)"
Mas apesar desse segredo, Seraphina tem sonhos e desejos, e
decidi abandonar o refugio seguro que a sua casa representa, para tentar o seu
emprego dos sonhos: ser musicista.
Ela enfim consegue o empego, como assistente de um músico
famoso na corte, e passa dar aulas particulares para a princesa Glisselda, uma
menina decidida, mas sem nenhum dom para musica.
Logo também ela conhece o príncipe Lucian Kiggs, o capitão
da guarda e primo de Glisselada, mas também seu noivo.
Lucian é filho de uma das filhas de rainha, que fugiu para
se casar com alguém fora da corte, mas que acabaram ambos mortos, em um
acidente em alto mar. E assim como Seraphina, ele precisa conviver com as consequências
dos atos se seus pais, e apesar de ela não poder compartilhar seu segredo com
ele, esse ponto em comum acaba por aproxima-los.
"(...)Esse é o segredo do bom desempenho: convicção. A nota
certa tocada com hesitação ainda assim sai desafinada, mas toque-a com ousadia
e ninguém lhe fará perguntas. Se alguém acredita que existe verdade na arte - e
eu acredito -, então é preocupante ver o quanto a habilidade de atuar é
parecida com a de mentir. Talvez a mentira seja também um tipo de arte. Penso
mais nisso do que deveria. (...)"
Mas se manter anônima não é mais o único problema se
Seraphina. Príncipe Rufus, tio de Glisselda e Kiggs, foi morto, em
circunstancia suspeitas, com evidencias de que um dragão o tenha assassinado. E
essa é a faísca que todos precisavam para questionar o tratado de paz entre as
duas espécies. Mas quem seria o dragão que ousaria acabar com a paz e violar a
lei? Bom, esse é a pergunta que todos estão se fazendo, mas talvez só Seraphina
conheça a resposta.
Seraphina é narrado em primeira pessoa, então temos a visão
dos fatos a partir do ponto de vista da protagonista. Rachel Hartman criou um
universo novo, abordando um tema que estava bastante tempo esquecido. Ela criou
um mundo totalmente novo, com personagens e elementos incríveis, uma estória
muito criativa. Confesso que inicialmente eu comparei o livro a Firelight da
serie Draki, apesar de as estórias se passarem em épocas diferentes, as
protagonistas tem muito em comum, mas a comparação fica por ai, o universo de
Seraphina é muito mais elaborado.
Além de todo o desenvolvimento da historia e apresentação de
seres até então desconhecidos para o leitor, temos um romance no meio, que é
totalmente desnecessário, pois a relação deles é muito mal desenvolvida, chega
a ser irritante, a autora mantem o romance insosso e ofuscado pela trama
principal por quase o livro inteiro, porém nas ultimas paginas ela resolve
investir nisso, o que acaba deixando a sensação de que foi forçado.
A narrativa do livro é muito empolgante, e a autora não nos
deixa perdidos, apesar do universo apresentado ser complexo, ela descreve tudo
detalhadamente, nos fazendo imaginar todos os cenários.
Apesar de não concordar com o romance criado, é inegável que
todos os personagens são bem estruturados, cada qual com a sua personalidade e características
pessoais muito bem definidas. Até mesmo os coadjuvantes são importantes para a
trama central, apesar de historia ser desenvolvida ao redor do trio de
protagonistas.
E mesmo com essa grande quantidade de personagens a autora não
se contradiz em nenhum momento, apesar de no inicio do livro, Seraphina ter
medo de sair em meio à multidão, e acidentalmente acabar se machucando e
expondo o seu sangue, que por ser meio dragão é prateado, mas no final do
livro, ela corta o braço e o seu sangue é normal. É um pequeno detalhe, é
claro, mas que me deixou intrigada.
Este livro é uma leitura muito agradável, leve e rápida, que
eu recomendo a todos, principalmente os que gostam de historia e arte, e não
apenas pelos amantes da ficção.
(...)O mundo não é grande o bastante para nós se não
tivermos um verdadeiro trabalho. Os Santos têm um propósito para você. Ore,
ande com o coração aberto, e você vai ouvir o chamado. Vai ver a sua tarefa
brilhando diante de você, como uma estrela(...)
Book trailer:
Sobre a autora:
Rachel Hartman sempre foi apaixonada por música. A famosa
canção renascentista "Mille Regretz" inspirou-a a criar esta obra de
ficção fantástica baseada em música.
Ela escreveu Seraphina enquanto escutava rock com gaita de foles bretã, polifonia italiana medieval, metal progressivo, música barroca latino - americana e música tradicional irlandesa.
Esse livro me atraiu logo de cara.. gosto de dragões,amo ficção e depois de ler sua resenha confirmei que o livro é o meu número..
ResponderExcluirele está por aqui,aguardando a chance de ser lido...
linda resenha.
bjsss
Bianca
http://www.apaixonadasporlivros.com.br/
oi Gessica! eu li o livro também achei a mesma coisa que você mas achei que o que mais deixou a historia um pouco chata foi a falta de romance entre lucian kiggs e serafina , uma coisa também me deixou em duvida;o que aconteceu com os outros meio-dragão? sera que a autora escrevera mais livros para este livro (serafina)
ResponderExcluirespero que sim!
Esse livro sempre me atraía pela capa e finalmente consegui lê-lo. Não achei o romance forçado, muito pelo contrário, achei que a aproximação foi gradual e me convenceu.
ResponderExcluirAcho que na parte da multidão a Seraphina tava com medo do Orma se machucar e mostrar o sangue, não ela... agora tô em dúvida