“Muitas pessoas
querem ser invisíveis. Talvez elas até pensem que podem fingir que são. Mas
sempre alguém as vê.”
Hayden era um menino baixinho e gordinho, solitário,
nerd e meio disléxico, que sofria bullying do irmão mais velho, que tinha um
melhor amigo e adorava jogos de computador. “Adorava”, no passado, por que ele
não adora mais, Hayden se matou. Tomou analgésicos em excesso, e nunca mais
acordou. Mas Hayden deixou para Sam, seu melhor amigo, um pen drive com uma
playlist. A playlist de Hayden. “Ouça que você vai entender”.
A partir dessa inigmável playlist, Sam tenta
desesperadamente descobrir por que Hayden se matou, qual a sua culpa nisso
tudo? Os dois haviam brigado na noite anterior ao acidente, e isso só
acrescenta mais culpa à Sam. Para piorar a situação de Sam, ele não tinha outro
amigo para desabafar, tampouco falaria com sua família! Sam realmente acredita
que ele foi o culpado pela morte do amigo, afinal, ele podia ter impedido, não
podia?
Durante o funeral de Hayden, Sam conhece Astrid e
seus amigos. Nos dias seguintes, coisas estranhas envolvendo pessoas ligadas a
Hayden começam a acontecer, e Sam acredita que ele está ligado a esses acontecimentos.
Sam, atordoado com todos os acontecimentos, não
consegue dormir, apenas jogar jogar jogar no computador e ouvir ouvir ouvir a
playlist. Como ele não dorme, passa a ter algumas alucinações durante a noite,
e durante o dia, ele é praticamente um zumbi ambulante. Sozinho, ele tenta
descobrir o real motivo da morte do amigo, em meio a um novo amor e novas
amizades.
Com o computador de Hayden em mãos, Sam começa a
descobrir coisas novas. Havia uma garota na vida de Hayden, a “Atena”, mas ele
nunca falou sobre isso com Sam. Melhores amigos não devem contar tudo um ao
outro? E quanto mais Sam tenta descobrir, mais segredos descobre. O que levou
Hayden a cometer suicídio? Quem é Atena? Será que Sam está ficando louco? Em
quem podemos confiar?
“Arquimago_Ged:
Às vezes eu me preocupo com a possibilidade de me sentir para sempre sozinho
como me sinto hoje em dia.
Atena: Eu
também. Mas eu me sinto menos sozinha por saber que você se sente da mesma
forma.”
Quando eu peguei o livro, não tinha ideia do qual era
a história. Devo dizer que o fato do personagem Hayden morrer logo no início me
pegou desprevenida. Mas a história me cativou e me intrigou. Eu queria entender
a dor de Sam e os motivos de Hayden. De certa forma, eu desejei poder consolar
e ajudar Sam (sim, eu me ligo muito com personagens literários). Gostei
bastante da história, ela é simples e intrigante, e pode simplesmente acontecer
com qualquer um nós, a qualquer momento, sem que percebamos. Isso me fez abrir
os olhos e ver as pessoas a minha volta. Será que todo está bem de verdade?
Será que alguém está sofrendo em silêncio como o Hayden estava? Essa história
realmente me tocou fundo, pois trata de bullying, amizade e solidão, de uma
forma que eu ainda não tinha visto em nenhuma outra obra.
“Quem precisa
de um grupo? Que mal existe em ter um único melhor amigo?”
Gostei muito do fato de falar sobre assuntos nerds,
como filmes e games (oi, me identifiquei aqui). A história acontece tanto fora
quanto dentro do mundo online, em um jogo virtual, onde Hayden e Sam podiam ser
quem eles quisessem. Gostei da construção dos personagens, e do conflito
interno de Sam, tudo ficou bastante real. Ah, a frase “a playlist de Hayden”
aparece diversas vezes durante a leitura! (adoro quando isso acontece!)
Cada capítulo contém uma das músicas da playlist de
Hayden, para ir ouvindo enquanto se lê. Eu não consegui ler ouvindo a música,
pois gosto de silêncio, mas é realmente uma experiência bem legal tentar fazer
isso! Uma proposta diferente! Eu ouvi as músicas depois, e elas realmente
revelam quem era Hayden. “Você nunca conhece uma pessoa até ouvir o que ela
gosta.”
Não é um livro grande, está bem diagramado e não
encontrei erros de português. Uma boa leitura para quem quer uma experiência
diferente!
Para quem quiser conferir e ouvir a playlist que Hayden deixou
para Sam:
“[...] Creio
que a gente precisa se preocupar com quem está vivo agora. Os mortos vivem nas
nossas lembranças. E nos nossos sonhos. [...] São sonhos bons e não pesadelos.
Mas eu não me importaria mesmo se fossem sonhos ruins. Eles fazem com que ela
ainda pareça presente na minha vida.”
Puxa, esse livro está em tudo que é blog e vlog, a editora mandou ver na divulgação, mas sabe que não consigo me empolgar nem um pouquinho nele? Não sei o que há... Mas não curti.
ResponderExcluirEu tive um pouco de receio antes de começar a ler ele, confesso. Mas acabei me envolvendo e curtindo a leitura!
ExcluirEsse livro está em diverso lugares, mas apesar de me chamar a atenção tanto pelo título quanto pela capa, nunca parei para ler resenha nem mesmo a sinopse, e hoje resolvi fazer isso e não só me encantei como já me arrependo de não ter lido ele antes Onde eu estava?kkk Adorei a história, e ja me apaixonei por Sam.
ResponderExcluirentão leia leia leia *-* também não me empolguei muito com a capa ou o título, mas depois que iniciei a leitura, eu não parei mais!
ExcluirEllen,mas um livro para que a nossa sociedade reflita e venha respeitar o próximo por suas diferenças,nessa um menino gordinho e nerd que sofre bullying de seu próprio irmão também deixa uma playlist para o seu melhor amigo e este sentindo-se também culpado tenta investigar o motivo de seu amigo ter se matado.Realmente esse tipo de livro nos faz olhar ao nosso redor e nos preocuparmos mais com o nosso semelhante...se ele é realmente feliz.Achei ,interessante na obra o universo Nerd,as músicas,jogos,enfim...e quem era Atena?Ansiosa para conferir.Beijos!!!!
ResponderExcluirRealmente, ele nos traz uma grande lição! Será que todos estamos de fato felizes e de bem com a vida? As vezes alguém próximo a nós precisa de carinho e nós não percebemos :( Tem que ler para descobrir quem é a Atena!!! hehe
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