Tradução: Rachel Agavino
Páginas: 368
Gênero: Ficção
Formato: 16 x 23
ISBN: 978-85-510-0007-6
E-ISBN: 978-85-8057-997-0
Lançamento: 19/07/2016
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Sinopse: Ambientada nos anos 1840, quando os altos escalões
da sociedade londrina começam a conviver com a classe industrial emergente, e
com um riquíssimo rol de personagens, a saga de Belgravia tem início na véspera
da Batalha de Waterloo, em junho de 1815, no lendário baile oferecido em
Bruxelas pela duquesa de Richmond em homenagem ao duque de Wellington.
Pouco antes de uma da manhã, os convidados são surpreendidos
pela notícia de que Napoleão invadiu o país. O duque de Wellington precisa
partir imediatamente com suas tropas. Muitos morrerão no campo de batalha ainda
vestidos com os uniformes de gala.
No baile estão James e Anne Trenchard, um casal que fez
fortuna com o comércio. Sua bela filha, Sophia, encanta os olhos de Edmund
Bellasis, o herdeiro de uma das famílias mais proeminentes da Bretanha. Um
único acontecimento nessa noite afetará drasticamente a vida de todos os
envolvidos. Passados vinte e cinco anos, quando as duas famílias estão
instaladas no recente bairro de Belgravia, as consequências daquele terrível
episódio ainda são marcantes, e ficarão cada vez mais enredadas na intrincada
teia de fofocas e intrigas que fervilham no interior das mansões da Belgrave
Square.
Apesar de amar romances de época, confesso que nunca tinha
lido algum livro de Julian Fellowes, mais precisamente, o aclamado Downton
Abbey, que virou uma excelente e famosa série de TV, e mesmo adorando a série,
não busquei a leitura do livro. E me arrependo totalmente, pois o autor é
magnífico.
Porém me redimi lendo Belgravia, que desde que vi a capa e
li a sinopse fiquei entusiasmada pela leitura, e não me arrependi. Uma
narrativa cheia de revelações, mistérios e reviravoltas em torno dos
personagens, e que irá sendo desvendado no decorrer da leitura.
O livro começa em Bruxelas durante um grande baile que
antecede a famosa Batalha de Waterloo em 1815. O casal Sophie Trenchard e
Edmund, o visconde de Bellais, estão apaixonados, porém Sophie não faz parte da
nobreza, ela é filha de James Trenchard, um simples fornecedor de provisões do
Duque de Wellington. A possível ligação causa aversão por parte da família de
Edmund.
Para o ambicioso James, essa relação poderia coloca-lo em
uma posição melhor, porém para sua esposa Anne, o possível relacionamento da
filha com um nobre, somente geraria perda para família Trenchard. E realmente
Anne tinha razão...
Após 26 anos na Inglaterra, Anne é convidada para um chá na
casa de uma das nobres famílias inglesas, esse convite somente é possível, pela
atual posição do marido, James agora grande e rico construtor de grandes
palácios particulares para ricos da Inglaterra. O que abriu as portas para
família Trenchard ter acesso a nobre sociedade inglesa.
Neste chá ela se encontra com a mãe de Edmund, Lady
Brochenhurst, que no primeiro momento transparece ser esnobe e fria, mas no
desenrolar da conversa, Anne enxerga uma mulher triste e dolorida com a perda
do seu único filho durante a Batalha de Waterloo. Mesmo não estando presente no
grande baile em 1815, Lady Brochenhurst soube do interesse de Edmund por
Sophie.
Mas esse encontro abala Anne, que se solidariza com a dor de
Lady Brochenhurst, mesmo tendo o filho mais velho Oliver, porém a falta de
Sophie para o casal Thenchard é uma perda inesquecível e insuperável,
principalmente por tudo o que aconteceu durante aquele período. Porém mesmo
desaconselhada pelo marido, decide revelar um grande segredo escondido todos esses
anos que ligado a sua filha e a Edmund.
Porém esse segredo por mais de ser uma esperança para Lady
Brochenhurst, pode ser o fim da reputação da família Thenchard, implicando até
destruir a carreira de James. Mas nesse meio tempo Anne descobre que James
escondia um privilégio que Anne nunca teve a oportunidade de desfrutar, o que
todos esses anos a frustrava por ser um grande arrependimento.
Porém esse segredo pode atingir mais pessoas, como o único
herdeiro de Lady Brochenhurst, o sobrinho do seu marido, John Bellasis, era um
perfeito cretino, que esbanjava dinheiro por conta, esperando o título para
colocar a mão no dinheiro da família. Inclusive seu pai o reverendo Stephen
Bellasis, um jogador inveterado, que vivia pedindo dinheiro para seu irmão,
Peregrine Bellasis, lorde Brochenhurst para pagar suas dívidas de jogatina.
John Bellasis estava comprometido com lady Maria Grey, mesmo
ambos não tendo nenhuma afinidade, e Maria sendo superior em caráter e
intelecto, e o distanciamento do noivo. Leva Maria se aproximar de Charles Pope
um comerciante próspero que começou a ser convidado a eventos da nobre
sociedade inglesa. E mesmo comprometida, ela e Charles começam a iniciar uma
romântica e improvável relação.
Enquanto isso a proximidade dos personagens envolvidos no
grande segredo, as tramas de pessoas que serão prejudicadas se tudo for
revelado, ocasionam grandes armadilhas, chantagens e atentados para pessoas que
são a peça chave do segredo, mesmo não fazendo ideia do risco que está
correndo.
Esta trama bem elaborada e intrincada dificulta bastante a
construção da resenha, pois qualquer informação pode se tornar uma revelação, e
ao mesmo tempo, receio que a escassez de informação prejudicará a transmissão
da instigante, inebriante e apaixonante narrativa de Belgravia.
Julian Fellowes consegue mostrar todos os costumes e
comportamentos da sociedade da época, numa trama cheia de suspense, segredos,
romances, humor, o lado glamoroso e obscuro da nobre sociedade inglesa.
Belgravia entra no seleto grupo de livro que você somente
irá largá-lo quando virar a última página.
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