LANÇAMENTO: 09/01/2017
TÍTULO ORIGINAL: NYMPHÉAS NOIRS
TRADUÇÃO: FERNANDA ABREU
FORMATO: 16 X 23 CM
NÚMERO DE PÁGINAS: 352 PÁGINAS
PESO: 0.47 KG
ACABAMENTO: BROCHURA
ISBN: 9788580416329
EAN: 9788580416329
HOTSITE DO LIVRO: http://ninfeiasnegras.com.br
TÍTULO ORIGINAL: NYMPHÉAS NOIRS
TRADUÇÃO: FERNANDA ABREU
FORMATO: 16 X 23 CM
NÚMERO DE PÁGINAS: 352 PÁGINAS
PESO: 0.47 KG
ACABAMENTO: BROCHURA
ISBN: 9788580416329
EAN: 9788580416329
HOTSITE DO LIVRO: http://ninfeiasnegras.com.br
“Uma obra-prima deslumbrante, inesperada e assombrosa.”
– Daily Mail
Vencedor de cinco prêmios literários, Ninfeias negras foi
o romance policial mais premiado da França em seu lançamento.
Giverny é uma cidadezinha mundialmente conhecida, que atrai
multidões de turistas todos os anos. Afinal, Claude Monet, um dos maiores nomes
do Impressionismo, a imortalizou em seus quadros, com seus jardins, a ponte
japonesa e as ninfeias no laguinho.
É nesse cenário que um respeitado médico é encontrado morto,
e os investigadores encarregados do crime se veem enredados numa trama em que
nada é o que parece à primeira vista. Como numa tela impressionista, as pinceladas
da narrativa se confundem para, enfim, darem forma a uma história envolvente de
morte e mistério em que cada personagem é um enigma à parte – principalmente as
protagonistas.
Três mulheres intensas, ligadas pelo mistério. Uma menina
prodígio de 11 anos que sonha ser uma grande pintora. A professora da única
escola local, que deseja uma paixão verdadeira e vida nova, mas está presa num
casamento sem amor. E, no centro de tudo, uma senhora idosa que observa o mundo
do alto de sua janela.
"Uma vez, no entanto, as grades de Giverny se abriram
para elas! Para elas apenas, como acreditavam. Mas a regra era cruel: somente
uma poderia escapar. As outras duas precisavam morrer. “Um livro hipnotizante,
que me prendeu completamente à medida que Bussi, de maneira inteligente, foi
quebrando todas as regras de construção de enredo, numa história repleta de
enigmas dentro de enigmas. ” – Daily Express
“Bussi representou de forma fascinante as dificuldades que
as investigações em comunidades fechadas apresentam, e o livro termina com um
dos maiores choques das histórias modernas de crime.” – Sunday Times
Terminei de ler o livro ontem... e o meu queixo ainda não
voltou para o lugar, ou melhor perdi ele... se alguém encontrar um caído por
aí... ele é meu!
Considero-me uma leitora voraz, leio de tudo um pouco, tem
semanas que chego a ler três gêneros diferentes, e quase sempre faço isso
propositalmente, óbvio que tenho o meu preferido, mas mesmo assim gosto de
diversificar, porque mesmo o preferido pode saturar numa leitura constante
O gênero policial é um dos que gostode ler, e de todos os
estilos de policiais, mas tenho uma predileção para o investigativo, que vai
desvendando através de pistas ou situações o motivo ou quem cometeu o
assassinato ou os assassinatos. Confesso que Ninféias Negras do autor francês,
Michel Bussi, inicialmente o que chamou minha atenção na sinopse, foi essa
relação com o pintor Claude Monet, não que sou entendida em artes, mas curtos
alguns pintores, principalmente os impressionistas (Degas, Renoir, são uns dos
exemplos), incluindo Monet.
Mas nada me preparou para o que li nas páginas
deste livro, até agora não sei se posso chamar de revelação, ou descoberta ou
reviravolta o que aconteceu na segunda metade para o final do sensacional Ninfeias Negras. A seguir a impressão de uma leitora ainda meio tonta com leitura,
e que tentará transmitir um pouco do que ocorre no livro nesta resenha.
O livro já começa te colocando um pulguedo (coletivo de
pulgas, foi o Google que disse) atrás da orelha, ele descreve três mulheres que
moram no vilarejo de Giverny, cada uma com características controversas, e que
faz o leitor colocá-las como potenciais suspeitas do assassinato que será
descrito a seguir.
“Num vilarejo, viviam três mulheres. A primeira era má; a segunda, mentirosa; a terceira, egoísta.(...)
As três tampouco tinham a mesma idade. A primeira tinha mais de 80 anos e era viúva. Ou quase. A segunda tinha 36 e nunca havia traído o marido. Ainda. A terceira estava prestes a completar 11 anos e todos os meninos de sua escola queriam ser seu namorado. A primeira só usava preto, a segunda se maquiava para o amante, a terceira enfeitava os cabelos para que voassem ao vento.”
Toda a narrativa ocorre no vilarejo de Giverny, um lugar
verídico, próximo a Paris, e onde o pintor Claude Monet, viveu os últimos anos
de sua vida, e também foi sua grande fonte de inspiração para variados quadros,
principalmente um dos mais famosos dele, Ninféias. Que na realidade é uma série
de 250 pinturas a óleo (fiz uma pesquisa básica, e também adquiri um livro
sobre o pintor, sim sou doida).
E nesse lago onde estão as Ninféias de Monet que encontra o
corpo da vítima, o médico oftalmologista, Jérôme Morval, com uma facada no
peito, crânio esmagado e com a cabeça dentro deste lago. E junto ao corpo um
cartão postal, com a imagem das Ninféias de Monet, uma citação e também uma
frase felicitando pelo aniversário, mas não da vítima.
“Vocês já entenderam. As três eram bem diferentes. Tinham, porém, um ponto em comum, um segredo, de certa forma: todas elas sonhavam em ir embora. Sim, ir embora de Giverny (...).”
Os investigadores Laurenç Sérénac e Sylvio Bénavides,
juntamente com o leitor, além de enfrentarem uma comunidade silenciosa, que as pessoas do vilarejo protegem a cidade
como se qualquer alteração na estrutura da cidade fosse a mesma coisa que
estragar uma obra de Monet, já que várias pontos da cidade são realmente
imagens que estão em suas pintura. Além disso, quaisquer pistas que se
dissolvem como tinta na água, mesmo descobrindo várias peças contundentes,
outras aparecem desqualificando as anteriores.
Laurenç e Sylvio partem de três pistas: crime passional, já
que o médico possuía amantes, e alguma poderia ter um marido ciumento, ou a
esposa de Morval. A segunda pista poderia ser o acervo de Morval, um
determinado quadro das Ninfeias Negras que ele cobiçava, poderia haver alguma
venda ilegal, ou até o acervo do próprio médico poderia ser chamariz para
alguém se interessar, ou algum outro segredo envolvendo os quadros de Monet, e
a terceira pista seria uma criança, já que o bilhete se referia ao aniversário
de 11 anos de alguém, poderia ser uma filha ilegítima. Mas todas essas pistas
durante o decorrer do livro levaram os investigadores e o leitor em várias
direções, e o instigante disso que tudo faz referência a vida e obra de Monet.
“O crime de sonhar eu consinto que seja instaurado.Se eu sonho, é com aquilo que me proíbem.Vou me declarar culpado. Gosto de estar errado.Aos olhos da razão o sonho é um bandido.”
Em relação ao quadro citado e que leva o título do livro, o
autor se baseou numa lenda em relação ao pintor. Claude Monet, nunca utilizou a
cor preta em suas obras, porém contam que no final da vida quando a catarata
quase o cegou, ele pintou um quadro com ninfeias negras, isso nunca foi
comprovado ou encontrado.
Nesse meio tempo, Laurenç se apaixona por uma moradora
local, o que pode atrapalhar nas suas decisões no decorrer da investigação, ao
mesmo tempo outro investigador, um delegado veterano contratado pela esposa de
Morval começa outra contra investigação, o que colocará o leitor com novas
informações para serem assimiladas.
“(...) sempre que subo ao primeiro andar do Museu de Vernon, paro em frente a O Beijo.É claro que não estou me referindo àquele abraço cheio de paetês de Klimt, aquela espécie de cartaz de perfume inebriante. Não. Estou me referindo a O Beijo, de Steinlen.
Trata-se de um simples esboço a carvão, apenas alguns traços: um homem, de costas, vestido com uma roupa justa, músculos salientes, estreita contra o peito de uma mulher completamente entregue. Ela está na ponta dos pés e tem o rosto virado e encostado no ombro dele; seu braço tímido não se atreve a enlaçar a cintura grossa.
Ele a quer. Ela se entrega, incapaz de resistir.
Os amantes se mostram indiferente às sombras que se agigantam ao fundo, como um sem-fim de ameaças.”
Outro detalhe que a narrativa acontece durante 13 dias,
conta-se o dia do primeiro assassinato e o último dia quem sabe acontecerá mais
um, mas os investigadores não sabem disso, apenas o leitor, e talvez uma
narradora que é uma das três mulheres citadas no inicio da resenha.
“Três mulheres vivendo num vilarejo.A terceira era a mais talentosa; a segunda, a mais esperta; a primeira, a mais determinada.Na sua opinião, qual delas conseguiu escapar?”
O final deste livro é espetacular, sinceramente não pode ser
caracterizado como um simples policial, ele é muito mais... instigante,
perturbador, impactante e acima de tudo viciante. A narrativa tem momentos mais
vagarosos, e outros mais intensos. Um livro ao mesmo tempo para degustar devido
as informações verídicas em relação a Monet ou a linha de investigação construída
pelos investigadores, e as vezes uma leitura rápida que você não irá conseguir
parar de virar as páginas.
Porém no final do livro entendi acho que entendi o que o
autor quis mostrar, e tem tudo relacionado à Arte Impressionista:
“O impressionismo é sobre traduzir um objeto real através do olhar diferenciado, onde posteriormente essa forma de olhar se torna uma construção sobre o objeto real.”
E realmente é o que a narrativa de Ninfeias Negras do autor
transmite para o leitor, o diferente olhar do real, e sua construção. Tentei
definir o livro para um grupo de amigo no whats: “Tudo que você suspeita que
é, talvez não seja. O que pode não ser,
talvez seja. E o que você desconfia, pode não ter nenhuma relação. E o que você
nem desconfia, com certeza que é. E esquece tudo que escrevi, não tem relevância
nenhuma.” Você entende o espantoso final, mas até as últimas páginas você não
imagina o que te espera.
Indico o livro para todos os leitores que curtem um excelente e elaborada trama.
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