Simon Spier tem dezesseis anos e é gay, mas não conversa sobre isso com ninguém. Ele não vê problemas em sua orientação sexual, mas rejeita a ideia de ter que ficar dando explicação para as pessoas - afinal, por que só os gays têm que se apresentar ao mundo? Enquanto troca e-mails com um garoto misterioso que se identifica como Blue, Simon vai ter que enfrentar, além de suas dúvidas e inseguranças, uma chantagem inesperada.
Simon é gay, e ninguém sabe
disso. Apesar de ser um adolescente cercado de bons amigos – Nick, Leah e Abby - e de possuir uma família amável, Simon ainda não está pronto
para encarar o temível “sair do armário”. Para ele a questão não é ser gay –
ele sabe disso, e jamais negaria – mas sim ter que encarar algo que os héteros não
precisam encarar: o se abrir ao mundo e fazer a grande revelação (e sim, é bem
injusto apenas os homossexuais precisarem se assumir! Na verdade, ninguém deveria
ter que fazer isso).
Seu pensamento começa a mudar quando ele vê uma postagem anônima no Tumblr
da sua escola. Alguém intitulado Blue
se assume. Intrigado e curioso, Simon cria uma conta de e-mail falsa e começa a
se comunicar com Blue, criando um forte laço de amizade, sinceridade e paixão. Tudo
isso sem ter ideia da pessoa que está do outro lado do computador (a única informação
que Simon tem, é de que ambos estudam na mesma escola).
As coisas começam a desandar quando Martin
lê alguns e-mails que Simon trocou com Blue, e passa a chantageá-lo, ameaçando
divulgar imagens dos mesmos na internet para todos lerem, caso Simon não o
ajude a conquistar Abby. Com medo e preocupado que Blue suma, Simon cede as
chantagens.
Nem preciso dizer a confusão que tudo isso vai causar na vida dele não é
mesmo?
Primeiro amor, amizade, bullying, aceitação e crescimento pessoal fazem
parte de Com amor, Simon.

Antes Simon
vs. a agenda homo sapiens, hoje Com
amor, Simon, o livro de Becky Albertalli é um dos queridinhos de muitos
leitores mundo afora. Confesso que eu não tinha vontade de conhecer a obra
quando ela tinha o primeiro nome. No meu caso, eu assisti ao filme lançado esse
ano (Com amor, Simon) e decidi:
PRECISO ler este livro!
Eu não tive uma paixão forte com o livro, igual tive
com o filme. Mas no geral eu achei a leitura bem agradável e fofa. Não vou me
ater aos comentários do filme, apenas do livro – eles têm diferenças, sim. Acho
que eu ter visto o filme antes de ler a obra impactou na sensação geral pós
leitura. Desde o começo eu sabia quem era o Blue, então a grande surpresa de
descobrir a pessoa de verdade eu não tive. Mas isso, para mim, não tirou o
brilho da história de amor dos dois. Foi muito interessante acompanhar com mais
detalhes a construção e fortalecimento deles.
A história conta com bastantes personagens e todos bem
definidos. Os que mais aparecem são o círculo de amigos de Simon e sua família,
e claro, os possíveis personagens que poderão ser Blue. Acho que o único ponto
que eu senti pecar foi a pouca exploração das “opções” de Blue. Por ter
bastante personagem, a obra não focou em muitas opções. A gente conhece Blue
bem mais através dos e-mails que eles trocam, do que ele como possíveis
personagens. Senti um pouco de falta nesse ponto.
Afora isso, o livro conta com personagens fortes e
alguns clichês já esperados, mas com um final improvável e diferente, que deixa
um gostinho de quero mais.
Becky conseguiu construir uma história importante,
com uma mensagem legal de forma leve e cativante, de fácil entendimento a todos
e que pode ajudar muitos jovens e muitas famílias a entenderem e aceitarem
melhor o homossexualismo. E acho que a principal mensagem aqui é: ser homossexual
não te torna diferente, todos somos iguais.
Boa Leitura
Com amor, Simon | Becky Albertalli
É homossexualiDADE e não homossexualiSMO. Ser homossexual NÃO é doença.
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