Título Original: Whitney, my love
Tradução: Vera Maria Marques Martins & Mariana Menezes Neumann
EAN: 9788528622072
Gênero: romance de época
Páginas: 490
Formato: 16 x 23 x 2,6 cm
Editora: Bertrand Brasil
Sinopse: Nova edição do clássico livro de estreia de Judith
McNaught.
A encantadora e impetuosa Whitney não tem medo de dizer o
que pensa. Por conta de seu comportamento pouco apropriado para uma moça da
sociedade inglesa do século XIX, ela é forçada, pelo pai frio e severo, a
mudar-se para a casa dos tios em Paris, onde recebe aulas para se tornar uma
dama. Sob o cuidado dos amorosos e dedicados tios, ela desabrocha em uma mulher
sofisticada e bela, tornando-se a sensação da esfuziante sociedade parisiense.
Quando retorna à Inglaterra, está mudada, mas ainda deseja
conquistar o belo Paul, seu primeiro amor. Mas há alguém que parece disposto a
destruir sua felicidade: trata-se de Clayton Westmoreland, um poderoso duque,
que está decidido a ter Whitney a qualquer preço.
Confesso que Whitney, meu amor foi um dos livros que li incontáveis vezes, nesta nova edição do Grupo Editorial Record não podia ser diferente.
Confesso que Whitney, meu amor foi um dos livros que li incontáveis vezes, nesta nova edição do Grupo Editorial Record não podia ser diferente.
Mesmo sendo atualmente o segundo livro da Dinastia Westmoreland,
mas Whitney, meu amor foi o primeiro livro escrito pela autora Judith McNaught
nos meados dos anos 80, a partir deste foi escrito os outros da série, O Reino
de Sonhos (resenha aqui) e o terceiro Até Você Chegar (estou lendo no
momento...), e ainda tem um conto Miracles (a editora não anunciou sua
publicação), com um personagem bem especial que aparece nos livros desta série.
Podemos dizer também que o Whitney, meu amor foi percursor
do subgênero de romance de época longo, pois antigamente o gênero era publicado
por romances curtos. Tanto que a autora teve muita dificuldade de publicá-lo na
época, foram incontáveis tentativas e rejeições até ser aceito por uma editora
e foi um sucesso absoluto na época.
Além do fato de que devido os outros livros que constituem a
série, Whitney, meu amor teve algumas edições que não apenas as capas mudaram,
e sim um pouco do conteúdo para acompanhar os outros livros da série. No Brasil
a primeira edição era a original da época, porém tanto esta da resenha quanto
da edição BestBolso estão com as devidas alterações.
Mas vamos falar do livro, “Whitney, meu amor” é um clássico
de romances de época, e conquistando fãs ao redor do mundo em torno do casal
Whitney Stone e Clayton Westmoreland, o Duque de Claymore.
Whitney Stone uma jovem linda, voluntariosa, inteligente e espevitada.
Apaixonada pelo vizinho, Paul Severin, faz de tudo para ser notada por ele, e essa
obsessão leva o pai tomar uma atitude, enviá-la para Paris juntamente com os
tios para evitar um futuro escândalo.
Em Paris, Whitney de uma simples adolescente deslumbrada, se
tornar uma jovem mulher exuberante conquistando a todos na cidade luz, dentre
eles um misterioso mascarado durante um baile de máscaras na cidade.
O misterioso homem que confessou seu real título para ela, e
a descrença e seus gracejos impertinentes duvidando do título informado,
conquistou o tal homem, que nada mais era, Clayton Westmoreland, o Duque de Claymore,
um dos solteirões mais cobiçados, e que faz algum tempo era objeto de desejo
das moças casadouras, porém nunca demonstrou alguma intenção honrosa com
nenhuma delas, preferia colecionar amantes belas e famosas.
Mas ao conhecer Whitney tudo mudou, numa negociação obscura
com o duque, o pai de Whitney permitiu que ele cortejasse a filha, na realidade
a Whitney já estava prometida para ele. Mas como ela muito jovem e apesar da
frieza do contrato, Clayton queria era conquista-la, e por espontaneidade ela aceita-lo
como marido. Ele se disfarça de um vizinho sem títulos.
Com isso o pai exige que ela volte para Inglaterra, e
apresenta ao novo vizinho. Mas sabe aquela frase: “Se começou errado, não dá
certo, termina errado.”, pois é contextualmente Whitney, meu amor aborda isso,
principalmente sendo um casal que ambos têm personalidades fortes, obstinados,
teimosos e muito orgulhosos. Já viu, né?
Whitney retorna ainda teimosamente com a ideia de conquistar
Paul Sevarin, o novo vizinho se torna apenas um empecilho que ela tenta evita-lo.
Mas o também obstinado Clayton não irá desistir de conquista-la e joga todas as
suas armas tanto de sedução quanto de persuasão sobre Whitney.
Num determinado momento Whitney fica balançada e dividida
entre Paul e Clayton, mas o primeiro notoriamente é pura teimosia, o leitor percebe
que Paul é um fraco e não tem a determinação e a coragem que Whitney necessita
para ter ao lado.
Já Clayton por mais obtuso e dissonante algumas vezes de um
homem ideal, contrapõe melhor a impetuosidade e o estilo peculiar de Whitney, que
precisa ter alguém forte que dê suporte e admire o seu jeito de ser.
A relação dos dois é profunda e com muitas reviravoltas,
outras bastantes graves, que incomodou algumas leitoras, porém é um livro que
não tem como defender os personagens, pelo contrário, a autora a todo momento
expõe abertamente todos os defeitos de ambos.
A construção dos personagens diferente de outros livros não são
a base de virtudes e sim de erros de atitudes de ambos, o casal terá que aparar
a arestas reduzindo os defeitos ou amenizando eles para terem uma boa
convivência, e até chegar esse nível o livro traz muitas reviravoltas na
relação, para leitor fica um verdadeiro tsunami emocional.
Por oras o leitor tem uma empatia por Whitney, em outras tem
vontade de dar um puxão de orelhas por muitas vezes escolher o pior caminho...
Já Clayton, é um homem desconfiado, por ter adquirido responsabilidades muito
cedo, se tornou um homem com sentimentos retidos e receoso em expô-los e as
provocações de Whitney somente piorava as atitudes dele, já que ela estava acostumada
com pessoas fracas, e Clayton era longe disso.
Uma disputada de vontades e orgulhos feridos até o final,
ambos terão que chegar num acordo para que antes de tirar conclusões precipitadas,
acreditarem e confiarem um no outro. E esse entendimento dos defeitos que o casal
conseguiu aparar as arestas.
Cada vez que releio Whitney, meu amor, tenho uma visão
diferenciada.
Desta vez percebi que a autora nunca quis que seus
personagens fossem tratados como protagonistas admiráveis. Que Clayton fosse um
herói romântico ou que Whitney fosse uma heroína admirada, pelo contrário,
sempre quis que os personagens fossem contraditórios.
Que nem sempre através de qualidades irreparáveis os
personagens conquistariam o leitor, mas de defeitos reparáveis, que Clayton e
Whitney se tornaram ainda mais inesquecíveis.
Estou lendo no momento, em breve resenha...
Último livro da Dinastia Westmoreland, na verdade existe um
conto, Miracles. Mas acho que a editora não irá publicar...
Sinopse: Romance da autora que já vendeu mais de 30 milhões de
exemplares no mundo.
A romântica Sheridan Bromleigh sonha em encontrar o homem
de sua vida. Mas sua realidade como professora de etiqueta para damas da alta
sociedade americana sempre a obrigou a colocar seus sonhos de lado. Até o dia
em que precisou levar uma de suas pupilas, Charise Lancaster, para a
Inglaterra, onde a moça se casaria com um jovem aristocrata, o Lorde Burlenton.
Mas Charise foge com um desconhecido antes mesmo de encontrar seu pretendente.
Sheridan fica aflita, sem saber o que fazer ou como dar a notícia ao lorde.
Nesse ínterim, Stephen Westmoreland, conde de Langford, acidentalmente tira a
vida de Burlenton. Sentindo-se culpado pela morte do rapaz, Stephen resolve ir
ao porto no dia seguinte receber a noiva e relatar o ocorrido. O acaso coloca
Stephen e Sheridan frente a frente, porém, antes de se apresentar, a professora
é vítima de um terrível acidente e acorda na mansão do conde, sofrendo de
amnésia. Sentindo-se responsável pela moça, a qual pensa se tratar de Charise,
o conde assume o papel de seu noivo.
A partir daí, o casal se depara com uma
série de mal-entendidos, meias verdades, reencontros — o que pode culminar em
uma bela história de amor.
Que resenha magnífica! Nunca tive vontade de ler este livro por causa de algumas críticas bem sustentadas, mas agora tenho que ler. Parabéns pela resenha :)
ResponderExcluirMundo da Fantasia
Vale a pena ler o livro, talvez nós leitoras estamos acostumadas a ter um herói ou uma heroina quando se trata de romances de época, mas quando depara com personagens tão antagônicos do padrão normal, sentimos dificuldades de aceitá-los. Sim tem partes bastante questionáveis, mas ambos vivem se batendo de frente, não redimo das atitudes erradas, mas teve várias situações que levaram personagens tão diferenciados ao limite da racionalidade.
ExcluirNa minha opinião a autora Judith McNaught é disparado a melhor escritora de romance de época, meu livro favorito dela é o Something. Ela realmente consegue envolver o leitor na trama. E pra minha surpresa, meu segundo romance de época favorito é de uma brasileira, A Promessa da Rosa, da Babi A Sette. Achei parecido o estilo das autoras. Palmas para elas! Ótima resenha!
ResponderExcluirConcordo plenamente. E o livro da Babi foi uma espécie de homenagem a Judith. A autora é super fã da McNaught
ExcluirSomething Wonderful é meu livro favorito de Judith.
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